Sinopse: Aos dezesseis anos ele se casou com Maria Antonieta. Aos vinte foi coroado rei da França. Tinha vinte e um quando começou a guerra da Independência nos Estados Unidos; trinta e cinco quando eclodiu a Revolução Francesa e apenas trinta e nove no ano de sua decapitação. Louis XVI (1754-1793) certamente não nasceu para o papel de monarca que o destino lhe impôs. Seu reinado passou para a história como uma sucessão de erros. Este “rei à força” – parafraseando Molière – se revelou nas enérgicas decisões tomadas para ajudar a América a se tornar independente ao mesmo tempo que tentava abrir a monarquia francesa a ideias novas. Infelizmente para Luís XVI, como disse Tocqueville, a história não perdoa os regimes fortes que aceitam se entregar.
“Regenerador da liberdade pública, restaurador da propriedade nacional, pai do povo francês.”
Mais uma resenha atrasada. Esta era para o Desafio Literário do mês de Fevereiro, tema Biografias. E estava naquela crise existencial e nem consegui publicar a resenha.
E olha que gostei demais do livro. E eu fiquei super impressionada com a história de mais um rei…. no fundo estava torcendo para nem curtir tanto. Não queria trair meu Henrique VIII ahahhaahah.
“A sabedoria diz que devemos desconfiar das aparências e que não se mede o valor de uma criança pelo barulho que ela faz ou pega arrogância que demonstra. (…) as crianças ativas, ousadas e loquazes devem ser hábeis (…) sua vivacidade torna-se frequentemente aborrecida e inoportuna; elas deixam de ser pessoas honestas quando chega o momento de sê-lo. (…)seria injusto julgar mal essas crianças que vemos envergonhadas em grupo, que só falam quando as provocamos (…). Elas geralmente escondem mais ‘senso e julgamento’ do que se poderia crer, e convém ‘esperar algo delas’.”
“(…) se Luís XVI devia até então sua coroa ao seu nascimento, ‘hoje o senhor a deve somente a vossas virtudes'”
“(…) Luís XVI, fiel a seus princípios morais mais arraigados, não quisera restabelecer a ordem a qualquer preço e salvar a monarquia mandando atirar no povo. Cruel destino, seguramente, o de um rei que, por fraqueza ou por honra, logo pagaria com seu sangue a recusa de derramar o de seus súditos.”
Deixaram seu filho preso.. sozinho e órfão aos 8 anos para morrer.. não consigo não me comover ao tentar imaginar o sofrimento desta criatura indefesa.. e a tristeza de imaginar Luís XVI escrevendo seu testamento e falando se o “seu filho tiver o azar de tornar-se rei” :-/ …
Fala muito de política todo o decorrer da história.. para quem não entende tanto precisa se concentrar mais nessa parte… porém foi importante para entender todas as modificações e troca de poder que a França se fez passar… e sinceramente não acho que seja para melhor ou pior… falemos francamente.. quem que está no poder realmente pensa no melhor para o conjunto?
Eles querem apenas o que o poder proporciona…. melhorar seus privilégios.. aumentar riquezas.. isso não foi para a liberdade de nada.. pois vemos que o mundo continua a mesma droga de sempre.
Infelizmente sempre existirão as pessoas ruins.. e elas que sempre farão parte do poder.. Não ganha o melhor.. ganha quem fala melhor.. manipula melhor.. O dom da fala.. usado tão levianamente.
E agora estou triste demais para continuar a escrever (sim no momento que escrevi ao terminar de ler o livro.. eu chorava demais. Odeio injustiças e para mim isso foi uma..e agora editando para postar, os mesmos sentimentos voltam e a vontade de chorar também).
“(…) o destino se equivocara ao fazer rei, na cruel era das revoluções, um homem concebido para a felicidade e os prazeres simples, para o amor dos seus e de seus súditos, para a paixão das ciências e das técnicas, para a preocupação de espalhar o bem, para o ódio ao sangue derramado – um homem mal feito para enfrentar, apesar de sua coragem, seu senso de dever e de sua dignidade, as violências inexoráveis da história. Mas quem, nas mesmas condições, com exceção talvez de Nero e Calígula, teria feito melhor que ele?”
Impacto final ⭐⭐⭐⭐⭐
Publicado originalmente em 12 de abril de 2011
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10 Comentários
Eu não consigo admirar ninguém desse período Medieval, colonial sei lá… sempre quando penso em reis, burguesia e tal eu lembro do sofrimento do povo na mão dessas pessoas, onde só a burguesia era abastada enquanto o povo vivia na miséria…
E sério, quando olho pra essas fotos deles morro de rir…
Mas seu post ficou muito bem feito…
HUGS =D
Confesso que não gosto de biografias, mas fiquei MUITO interessada.
Esse nosso gosto por períodos históricos vai nos levar a falência, rs.
Bjs
A história da França sempre me atraiu muito, bem mais do que a da Inglaterra. O livro parece muito bom, pelas passagens acho que tem uma narrativa fluida e fácil de compreender. Fiquei muito curiosa e com vontade de ler, pena que não sei quando vai ser isso.
Bjkas!!
Monique
ate que aprendi algo novo aqui, o de quem é que chamavam de delfim..
hehe que historia tragica.. quem sabe algum dia de pra ler alguma biografia assim, eu gosto de historia mas nao de biografias sabe.. hum, beijos =)
Olha, eu não curto muito esse tipo de livro.
Mas como você gosta tanto de rei Henrique e agora é vez do Luís, talvez eu dê uma chance a esses livos 🙂
E fiquei chocada com o que aconteceu com o filho desse rei, muita crueldade com ele e sua família 🙁
Bjus.
Não gosto muito desse tipo de livro, mas gostei bastante deste em especial. Talvez eu o leia algum dia.
Daqui a pouco vou gastar todo meu dinheir com livros históricos, rs.
Essa semana ganhei no twitter esse aqui: Livro – Messalina, a imperatriz lasciva, da editora geração books…vc conhece?
hahahha torcendo pra nem gostar tanto pra não trair o Henrique VIII! kkkk
Olha, não sou muito fã de biografias… não é muito meu estilo! Mas essa parece ser boa! E eu acho que tenho que começar a acabar com esse meu preconceito por biografias e começar a ler alguma… Tenho uma da Stephenie Meyer aqui, talvez comece por esta! o/
Beijinhos
Camila Candomil – @CamilaCandomil
Seleção Literária
http://selecaoliteraria.blogspot.com
Você lê tantos livros da história da Ingleterra que até me deu curiosidade de ler alguns.
Mas teria que ir nos sebos do centro da cidade procurar e por enquanto não rola…
Eu adoro História de qualquer forma.
Lembro que minha professora de história falava nas aulas de Revolução Francesa: de que não podiam deixar ninguém vivo nas famílias porque mesmo crianças crescem e se vingam.
Bye
Seu gosto histórico é muito bom, afinal se conhece o presente estudando o passado, e realmente só tinha poder quem sabia usar as palavras, e pra mim é assim até hoje, eles esqueceram na época e nos dias de hoje, de usar o dom da conquista pelas palavras para mover o mundo para o lado certo e justo. Mas voltando a sua resenha, saiba que ficou emocionante e bem estruturada, parabéns…beijokas elis!!