A Inocência Termina Aos XVI


Livro A Inocência Termina Aos XVI me atraiu pelo título. E quando li a sinopse não tive dúvidas que precisava dele. Eu adquiri, mas demorei um tempinho para começar a leitura. Aproveitei que estava em uma sequência boa com livros e coloquei ele na frente. Infelizmente eu sem querer criei uma expectativa que não foi alcançada no final… eu esperava um 10 e tive um 6,5. Falei como se fosse algo ruim, mas está longe de ser.

Sinopse: Algumas garotas mal conseguem esperar para completar os XVI anos, ser emancipada. Nina não é uma delas. Mesmo sem ter escolha, ela sabe que, contanto que sua vida continue normal, tudo ficará bem. Então, após um golpe cruel, aquilo que era normal para ela é destruído. Ela descobre que tudo aquilo que acreditava ser verdade sobre sua vida era uma mentira. Porém, existe um garoto que pode ajudá-la e também pode estar com a chave que desvendará seu passado. Mas, com a linha entre a atração e o perigo sendo tão fina como um sussurro, uma coisa é certa… completar dezesseis anos promete ser muito especial.

Poderia ser melhor? Sim. Mas ninguém é perfeito

Esses autores ficam dando ideias para o povo e para o governo viu… aqui temos mais um desses casos. Uma promessa de futuro no meio de uma situação caótica ou seria um futuro prometendo uma situação caótica? Eu só posso dizer que não é nada agradável viver, ser mulher e pobre ali. algumas histórias que já acompanhei faz você até desejar poder fazer parte daquilo ou de algo que lá exista, dessa vez não invejei nada. Parece tudo muito assustador e perigoso. Você se torna muito vulnerável, e se não fossem as nossas já conhecidas forças da resistência/rebeldes nem sei do que seria do povo que vive em A Inocência Termina Aos XVI.

A Nina é carismática, mas não a impede de agir  como a maioria das meninas protagonistas com tendência a atitudes estúpidas. E muito mais que ela, sua amiga Sandy é de enlouquecer. Não posso ignorar que passei por momentos tensos na leitura que intercalavam com um ódio mortal por ela/elas. Eu sou uma pessoa que não escuta muito os outros quando tentam me ‘dar conselhos’, porém não gosto quando outra pessoa faz isso. Principalmente se é alguém que não possui histórico bom para agir por conta própria.

Apesar dos momentos de tensão que testemunhamos, Nina possui aliados durante todo o tempo. E nem quero dizer spoilers aqui, mas é impossível eu não comentar que isso estraga também um pouco tudo. Com a correria que a autora fez em seus momentos finais… você espera ao menos ter alguma surpresa ou super reviravolta. Mas se a maioria realmente te ajuda e são do bem fica complicado isso acontecer.

Se quisesse, a autora poderia ter criado algo mais simples e até feito apenas um livro para isso. As pontas soltas deixadas, assassinato, o pai, a questão da CeFFem obrigam de alguma forma a esperamos pelo próximo. Nina não é muito revolucionária… não sinto muito isso nela. Porém, com tudo que ela passou nos últimos meses, deve ter mudado algo dentro dela também, e a busca por justiça e a verdade poderá causar isso também.

Se esse é um tipo de futuro que nos aguarda, mais uma vez devemos ficar satisfeitos com o que temos, mas não indiferentes. Nosso mundo não é perfeito, mas em boa parte dos lugares podemos buscar isso. A liberdade nunca é tão valorizada até que ela acabe.