Apreciar um filme como obra de arte é uma tarefa difícil em tempos de produções baseadas em efeitos especiais e carros voando por todo lado. Entretanto, nosso tempo nos traz ferramentas suficientes para nos permitirmos ao menos conhecer determinados filmes que fizeram parte da história do cinema.
Resenhado por: Leo Drumond
Título: Werewolf of London
Atores: Henry Hull || Warner Oland
Diretora: Stuart Walker
Duração: 70 min
Disponível: Online || Compra
Disponível: Troca || Trailer
Atores: Henry Hull || Warner Oland
Diretora: Stuart Walker
Duração: 70 min
Disponível: Online || Compra
Disponível: Troca || Trailer
Nas última semana retomei minha viagem aos filmes de horror da Universal datados da primeira metade do século XX. A obra prima de hoje foi o clássico de 1935 “Werewolf Of London”, lançado no Brasil sob o título “O Lobisomem De Londres”. Existem pelo menos dois lançamentos nacionais desse filme, um deles no box da Universal e outro num DVD com dois filmes, acompanhado de “A Mulher-Lobo de Londres” (1946).
Apesar de ser o primeiro filme na sequência dos filmes de lobisomem da Universal, foi o último que assisti até o momento. Atribuo isso à falta de oportunidade e também a um preconceito bem escondido que me impedia de ver alguém além de Lon Chaney Jr. no papel do lobisomem clássico.
Nessa primeira aparição da fera nos cinemas, a estória gira em torno do Dr. Wilfred Glendon (interpretado por Henry Hull), um botânico que vai ao Tibet em busca de uma determinada planta que só cresce em consonância com a luz da lua. Avisado pelos nativos locais dos possíveis perigos de tal busca, o botânico segue cegamente. Adivinhem o que acontece durante a busca. Sim, ele é mordido por um lobisomem (não esqueçam que esse é o primeiro filme, então a ideia era considerada original). Quando volta à sua terra natal, o Dr. Glendon abdica de parte de sua vida pessoal junto à esposa Lisa (Valerie Hobson) e demais pessoas de seu convívio, dedicando-se apenas à pesquisa acerca da tal planta. Dr. Yogami (Warner Oland), também botânico, adverte Glendon dos possíveis perigos de ter sido mordido por um lobisomem e que a planta pesquisada era usada como antídoto para a maldição (não cura!). A personagem que faz a trama adquirir certa dinâmica é a do Sr. Paul Ames (Lester Matthews), amigo de Lisa e antigo pretendente. A sequência traz o maior afastamento de Glendon e Lisa intermediado por Paul, que é um dos poucos que crê que uma criatura sobre-humana está rondando Londres e cometendo assassinatos. A Scotland Iard é avisada por Paul, através da figura de seu tio. Dr. Yogami rouba duas amostras da planta que estavam no laboratório de Glendon, deixando evidente que também sofre da maldição. Na tentativa de roubar uma terceira amostra, acontece uma luta entre Yogami e lobisomem até a morte do primeiro. Uma vez sem antídoto e trancado, a fera mais uma vez mostra sua ferocidade ao ver Paul e Lisa juntos. Ao tentar atacá-la, o monstro é dominado momentaneamente por Paul. A cena final traz o lobisomem indo ao encontro de Lisa e sendo mortalmente alvejado por um tiro (não, não existem evidências de que seja uma bala de prata) disparado pelo tio de Paul.
Um dos destaque dessa produção é a maquiagem, criada por Jack Pierce, responsável também pelo visual do monstro vivido por Lon Chaney Jr anos depois. O trabalho de maquiagem era tão importante como são nos dias de hoje os efeitos de computação gráfica. Uma vez que não existiam muitos recursos, os poucos que haviam deveriam mostrar excelência. Esse é o motivo pelo qual considero os filmes dessa era verdadeiras obras de arte. Quando se tem nada em mãos e conseguimos fazer algo realmente significativo, só pode ser arte.
O roteiro não dá muitas voltas devido ao curto tempo do filme, que contava com aproximadamente 70 minutos de duração. Um ponto positivo pra quem não quer sentar por duas horas e assistir uma estória vazia (bem comum às atuais produções, não acham?).
7 respostas para “Filme: Werewolf of London”
Só conhecia um remake desse filme, que nem vi também. Eu acho muito estranho esses filmes mais antigos, porque são tão diferentes dos atuais, né? Não que isso seja algo ruim, dado que a atual leva de filmes não é das melhores. Mesmo assim, se um dia me der vontade de ver filme de lobisomem, vou querer ver esse, aproveito que é curtinho 😀
Bjs,
Isa ~ portal dos livros
Leo, sinceramente não sou a pessoa certa para comentar sobre filmes. E nem vou ser a mais certa para comentar sobre filmes antigos, afinal, procuro gastar o mínimo do meu tempo na frente da TV. Mas pra quem gosta, a dica é boa.
Beijos
Sinceramente, não tenho gosto por filmes antigos :/
O enredo é bom, se tivesse alguma versão mais atual eu provavelmente assistiria ^-^
Nossa, odeio quando perco duas horas vendo um filme e depois ver que era pessimo … Tempo desperdiçado >.<
Bjus =*
Nunca ouvi falar desse filme, mas amo quando tem lobisomens.
O problema é que odeio filmes antigos.
Bjos
Não sou muito fã de filmes de terror, acho que sou medrosa demais para isso.
No entanto, os filmes de hoje parecem mais divertidos do que assustadores, deve ser por serem mais antigos. Vou dar uma procurada aqui, a americanas sempre tem boas promoções de clássicos.
Bjkas,
Monique Martins
MoniqueMar
@moniquemar
Não vi esse filme. Vou procurar ele.
Acho que os filmes mais antigos e com poucos ou nenhum recurso conseguiam ser bem mais criativos e prender mais as pessoas na história. Vlw pela dica!
—-Leituras & Fofuras—-
http://www.leiturasefofuras.com.br
Uau… esse é um clássico mesmo ein. Eu também ultimamente tenho visto alguns filmes antigos. Não curto muito filmes com lobisomens e acho que são as piores criaturas fantásticas criadas.
HUGS =D!!!